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O Pólo Ferroviário e o Barreiro (12.03.2009) In Jornal do Barreiro

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12032009

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Dando continuidade a uma gestão autárquica amplamente participada pelos cidadãos e agentes locais, reuniu no dia 13 de Fevereiro, nos Paços do Concelho, o Sr. Presidente da Câmara Municipal com a direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários e a Comissão de Trabalhadores da EMEF.



Aí, constatado o resultado de três décadas de políticas similares, fruto das quais os trabalhadores do Barreiro e a sua condição de vida se viram marcados pelo desaparecimento e a desarticulação do sector industrial e pela ausência de uma solução estratégica que garantisse o desenvolvimento económico do concelho e do país, como, bem assim, a importância que, para a economia nacional, assume a transformação da AML numa região capaz de competir com outras regiões da União Europeia,



Decidiram as entidades participantes salientar que:



Em consequência do trabalho conjunto desenvolvido pela Administração Central, pela Autarquia e pelas diversas forças sociais do concelho e da região, está em curso o processo de decisão sobre um conjunto de investimentos que poderão contribuir para que o Barreiro assuma novamente o seu papel histórico na produção de riqueza no nosso País. Tais processos passam pela construção da terceira travessia do Tejo (Barreiro-Chelas), com as vertentes rodo-ferroviaria tradicional e de alta velocidade, a construção do Novo Aeroporto de Lisboa, o projecto de requalificação do território da Quimiparque e do pólo ferroviário, o prolongamento do Metro Sul do Tejo até ao Barreiro ou a construção da CRIPS, entre outros.



Nesta fase do processo, em que se procuram as soluções mais ajustadas e potenciadoras dos nossos recursos endógenos, é objectivo dos participantes nesta reunião tudo fazer para ajudar a superar os problemas que se vivem no sector ferroviário no Concelho.



Aliás, os mesmos consideram indispensável a adopção de uma política que impeça a redução sistemática do numero de trabalhadores, que potencie a CP como grande operador de transportes públicos e que permita a articulação entre a Infra-estrutura e a exploração do sector ferroviário, a qual tenha como resultado o incremento do transporte público em detrimento do transporte individual.



A electrificação da linha do Sado, enquanto dado objectivamente positivo, deve ser concluída o mais rapidamente possível.



É indispensável a reafirmação do Barreiro enquanto pólo central na rede nacional de comboios de médio e longo curso para transporte de passageiros e de mercadorias e alta velocidade.



É necessário modernizar as oficinas da EMEF no Barreiro para reparação e manutenção de material eléctrico, reconvertendo e dando formação aos trabalhadores e mantendo as actuais valências, revelando-se importante equacionar a concretização no Barreiro das oficinas do Metro Sul do Tejo, fruto do prolongamento deste até ao nosso concelho.



A CMB, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários e a CT da EMEF reafirmam pois o seu empenho permanente para que estes objectivos se concretizem, asseverando que continuarão a acompanhar a evolução dos diversos projectos em curso para que se encontrem as soluções adequadas, tanto na defesa do Pólo Ferroviário existente no Barreiro como, bem assim, no seu próprio reforço.

http://www.jornaldobarreiro.com.pt/?lop=n_artigo&op=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&id=83187550749e6b8024a097630f9d4722
Marco_Valente
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